quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Era impossível ficar pior...

Em um exercício de memória voltemos ao ano de 2004, a "geração de ouro" sob os comandos de Ricardo Gomes se preparava para a disputa do Pré-Olimpico. O grupo levado a competição era, certamente, no papel, uma das mais talentosas seleções sub-23 de todos os tempos, contando com a 2º geração de Meninos da Vila (Robinho, Diego, Elano e Alex) e com jovens do potencial de Nilmar, Dagoberto, Gomes e Maicon. Porém, na prática, o time nunca conseguiu render o esperado, transformando o sonho do inédito ouro olímpico no pesadelo da inédita não classificação para a Olimpíada.

Essa pequena lembrança serve para retratar a carreira de Ricardo Gomes. Com muita moral nos bastidores do futebol, devido ao seu estilo europeu e sua ganja de estudioso do futebol, o treinador já teve a sua disposição grandes elencos, como o time do São Paulo tri-campeão brasileiro, porém com passagens decepcionantes nos tricolores do Rio e de São Paulo e no Flamengo, por exemplo, Gomes padece com a falta de resultados.


Com um elenco limitado e desacreditado, a diretoria considerou fundamental a contratação de um técnico de ponta, mas após algumas negativas, confirmou nessa quarta-feira a vinda de Ricardo Gomes.  A torcida que tinha se animado com a possibilidade da chegada de Carlos Queiroz ou Marcelo Bielsa, não esconde a frustração com a chegada do novo técnico;  o clima em São Januário, que já era ruim devido a campanha, e ansiava  por uma novo grande comandante  como alento , está ainda pior. A crise é profunda, e poucos são os adeptos que alimentam a esperança de um 2011 feliz e nada na trajetória de Ricardo Gomes parece  indicar que o mesmo possa ser vencedor em sua passagem pelo Time da Colina ou até mesmo que possa realizar trabalhos melhores do que os do PC Gusmão, Gaucho ou Mancini. Era impossível ficar pior, mas ficou.

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