A chegada dele em São Januário, em 95, é curiosa. O meia foi contratado junto com o atacante Leonardo - este segundo sim chegava ao Vasco com status de craque. Juninho desembarcava apenas como ‘brinde’. A estreia dos dois é bem lembrada pelos vascaínos. Em menos de 30 minutos da partida contra o Santos, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro, o clube carioca perdia por 2 a 0. Mas o jogo terminou em 5 a 3 para o Vasco, com Leonardo anotando dois gols e Juninho um.
O ano de 96 deve ser o único que Juninho não deve gostar de lembrar. Pois foi esta a temporada em que ele não levantou nenhuma taça. Mas o começo das vitórias inesquecíveis pelo Gigante da Colina logo viria, em 97. O meia foi peça fundamental do time campeão brasileiro daquele ano. Sim, coadjuvante até certo ponto pelo fato de Edmundo ter sido o cara de tal equipe; porém, essencial.
Em 98, com 23 anos, ele marcou para sempre o nome em São Januário. O time levou o Carioca e a Libertadores. Pelo torneio continental, Juninho fez o gol que até hoje é cantado pela torcida. Nas semifinais, no Monumental de Nuñez, o Vasco perdia por 1 a 0 para o River Plate e o jogo seria decidido nos pênaltis. Até que ele marcou um golaço de falta, aos 37 do segundo tempo e classificou a equipe cruzmaltino à final. Ainda mais porque aquela era a ‘final antecipada’ da Libertadores, e, na decisão si, o Vasco não teve dificuldades para bater o Barcelona, do Equador.
Em 99, o Vasco conquistou ‘apenas’ o Torneio Rio- São Paulo, com o meia marcando o gol do título na final sobre o Santos, que terminou em 2 a 1. Neste mesmo ano, ele entrou para a história ao ser o primeiro jogador a participar no mesmo dia de duas partidas em países diferentes. Entrou no segundo tempo do amistoso em que o Brasil venceu a Argentina por 4 a 2, em Porto Alegre; pegou um vôo para Montevidéu e entrou também no segundo tempo da derrota do Vasco para o Nacional por 3 a 0.
Assim como na vez anterior, o período de secas foi seguido de uma enxurrada. 2000 é outro ano que não sai da memória dos vascaínos. Juninho, titular absoluto no time e do coração da torcida, foi peça-chave na conquista do tetracampeonato brasileiro pelo Vasco e na virada épica da final da Copa Mercosul, quando o Vasco bateu o Palmeiras por 4 a 3, no Parque Antártica, mesmo depois do primeiro tempo terminar em 3 a 0 para o time paulista. Em 2000, o reizinho foi o Bola de Prata da Placar.
Pelo clube carioca, foram 291 partidas e 56 gols. Porém, Juninho não teve o reconhecimento merecido no final de sua passagem em São Januário. O salário baixo em relação ao resto do elenco e o atraso nos pagamentos o levaram a ser o primeiro jogador brasileiro a entrar na Justiça contra um clube depois do término da Lei do Passe. Após quatro meses sem jogar e de brigas judiciais, o meia se desvinculou do Vasco e saiu para uma nova época, que nem ele devia esperar ser tão glamorosa.
Fonte: Olheiros.net
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